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Como eliminar a distância entre prática e teoria.

por Dr. Thiago Rebello

“É FAZENDO QUE SE APRENDE A FAZER AQUILO QUE SE DEVE APRENDER A FAZER.”

(Aristóteles)

Ao longo dos anos, tive a oportunidade de observar o grande distanciamento entre o que é oferecido nas grades curriculares dos Cursos de Graduação em Fisioterapia e as reais necessidades no mercado de trabalho.

Foi assim que decidi propor, por meio de um programa de formação complementar, uma alternativa capaz de preencher as lacunas do processo de aprendizado dos novos Fisioterapeutas.

Notadamente, o bom desempenho no exercício da profissão exige bem mais do que o acúmulo de conteúdo teórico. É necessário também o desenvolvimento de diversas habilidades e/ou competências práticas para que se possa obter os melhores resultados terapêuticos e, consequentemente, financeiros.

Boa parte do problema é causado pela ineficiência do modelo adotado pelas instituições de ensino, em que o aluno é frequentemente colocado na condição de mero espectador, assumindo um papel predominantemente passivo no processo de ensino-aprendizagem.

Essas instituições utilizam quase que exclusivamente aulas expositivas como recurso didático, formato que limita consideravelmente a interação entre os alunos e entre alunos e professores. Além disso, existe uma enorme dificuldade de transformar o conteúdo teórico em ações terapêuticas propriamente ditas, comprometendo profundamente o desempenho profissional.

“É fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer.” (Aristóteles)

As reais demandas do mercado de trabalho em Fisioterapia contrastam de maneira tão contundente com o modelo pedagógico adotado pelas instituições de ensino que tornam oportuna a aplicação da célebre retórica aristotélica citada no título deste texto.

O afastamento entre o que é apresentado nos bancos escolares e o conteúdo necessário para o adequado exercício profissional faz com que os estudantes de fisioterapia sejam expostos a uma enorme quantidade de informações teóricas. Isso ocorre sem que haja a devida preocupação em converter essas informações em HABILIDADES práticas sem as quais é impossível para um fisioterapeuta exercer satisfatoriamente seu trabalho no processo de reabilitação dos seus clientes.

Diante desse contexto, percebo como imprescindível propor uma alternativa que facilite o processo de transcrição da teoria em prática, de modo a desenvolver efetivamente as competências essenciais ao fisioterapeuta. O Programa de Aprimoramento de Habilidades – PRAHA foi idealizado visando atender essa perspectiva. As estratégias de ensino adotadas têm enfoque na construção de um raciocínio cinesiofuncional adequado e no eficiente emprego dos recursos terapêuticos nos diferentes cenários apresentados.

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